“HISTÓRIA DA FUNDAÇÃO DO CORAL CATEQUÉTICO INDEPENDÊNCIA”

Contada por Humberto Míssio

Eu, Humberto Míssio, quero contar para vocês um pouco do que ví e vivi sobre a ideia de fundar um coral aqui na comunidade São João Batista logo após o Concílio Vaticano II:
Mais ou menos neste período, antes e logo depois nos primeiros anos do Concílio Vaticano II, a nossa comunidade aqui no Bairro São João, (antigo Felipão,) tínhamos uma comunidade muito forte em número de fiéis e em atividades pastorais. Não tínhamos um padre diretamente responsável para o atendimento sobre Celebrações de Missa, atendimento de Confissões, aconselhamentos, visita aos doentes e outras necessidades da comunidade, normalmente tínhamos que buscar um padre na Catedral que tivesse a disponibilidade para nos atender. Esse trabalho normalmente era feito pelo Sr. Luiz de Oliveira Cruz; única pessoa que tinha um carro entre os moradores do Bairro e se dispunha a fazer esse serviço e além de ir buscar ela dava Hospedagem e alimentação para o Padre que atendia as confissões aos Sábados a noite e Celebra a Missas no domingo de manhã e fazia visitas aos doentes.
Nossa comunidade era considerada como uma capela de um bairro afastado da cidade; para você ter uma idéia a nossa comunidade primeiramente pertenceu diretamente à Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição, a “Catedral”, depois à Paróquia São José, depois à Paróquia Imaculada do São Bernardo e quando estávamos nos preparando pela 1ª vez para ser Paróquia, já com tudo pronto, inclusive com a casa paroquial pronta e esperando pela nomeação de um Pároco, aconteceu o seguinte: Mas houve uma mudança de última hora:
Dom Antonio Maria Alves Siqueira decidiu por nomear um Pároco para formar uma nova paróquia no Bairro Campos Elíseos, pois já estava se formando um bairro bastante povoado, mas sem uma comunidade católica sequer, e de outro lado, o bairro já possuía em torno de 5 a 6 igrejas não católicas. Então, a partir daí, começamos a ser apenas uma comunidade da nova Paróquia Santa Luzia, tendo como pároco, Padre Joaquim Nascimento, que celebrava as missas aqui, mas outros atendimentos, como Batizados, Confissões, 1ª Eucaristia e Casamentos, tínhamos que ir fazer tudo lá.

Agora vou falar como surgiu a ideia de fundar um Coral e o porquê?…

Como eu já disse, nós tínhamos uma comunidade praticamente organizada pouco antes e depois do Concílio Vaticano II, só não tínhamos um padre fixo para as necessidades da comunidade. Já havia (sempre houve) pessoas que cantavam nas missas, mas eram cânticos muitas vezes em Latim e alguns em Português, mesmo porque as missas eram celebradas em Latim e o padre ficava de pé, de costas para o povo, que só assistia e não participava ativamente. Então com a nova era pós Concílio, começaram as mudanças na Liturgia: missa celebrada e, português, voltada para a assembléia, leituras feitas pelos leigos com uma participação mais efetiva da comunidade e com isso foi mudando também a forma de se cantar a liturgia, fazendo-se com que a assembléia participasse cantando também.
Começamos a procurar por novas músicas, novos discos, por exemplo, composições da Irmã Miriam Kolling, do Padre José Fernandes de Oliveira (Pe Zezinho) e de outros padres compositores da época pós-Concílio. Diante disso surgiu a idéia de fundar um coral que pudesse contribuir com a liturgia do canto favorecendo a participação de toda a assembléia, nos cantos de abertura da missa, meditação, aclamação, as preces cantadas, oferendas, Santo, Cordeiro, Comunhão, canto final (envio), sempre procurando fazê-lo de acordo com o tempo litúrgico.
Então com a nova realidade dessas mudanças, achamos por bem reunir alguns jovens e fundar um Coral que pudesse animar os cantos nas Celebrações com a participação de todos fieis cantando, e começamos a nos preparar e ensaiar os novos cantos litúrgicos: Assim depois de três meses Foi fundado o Coral Catequético Independência: com a sigla C. C. I; C.= Coral, C.= (Catequético por Evangelizar através do Canto Litúrgico e I. = Independência por ter sido fundado em sete de Setembro de 1969; comemoração da (Independência do Brasil)
Nesse período Mas logo depois aconteceu o seguinte: O padre Ildefonso Sigrist que estava em Lins precisou vir morar aqui perto, no Bairro Barro Preto, para cuidar da saúde de sua mãe que já era idosa e estava doente e nesse período ele vinha celebrar as missas e fazia outros atendimentos como confissões, de maneira permanente. Foi então, quando houve a possibilidade de requerer junto ao Arcebispo Dom Antonio, a criação da nossa Paróquia, pois já tínhamos o padre, mas não uma paróquia, a qual por sugestão do próprio bispo, se tornaria a Paróquia São João Batista, porque não havia nenhuma paróquia com este nome na Arquidiocese de Campinas.


Deixe um comentário